3.9.08

Acorda-me quando chegares XVII


Tenho medo, tenho medo do escuro! Medo do escuro que fica em meu redor quando partes, sufoco e bato contra tudo e todos, entro num estado único de esquizofrenia que não deixa pensar, que me tapa a visão e que aflige, me mói e me mata! Perco todos os dias os meus sentidos e o sentido da vida no meio desta escuridão, onde não existem velas, lâmpadas, nem holofotes que a eliminem e me deixem ver. És tu a luz, a única estrela cujo ponto cintilante abrilhanta toda escuridão que me rodeia. É essa luz que me guia e me ensina o caminho, caminho que apenas vislumbro quando perto dela estou. Eu quero mas não consigo estar sempre ao lado dela e todos os dias eu volto a entrar na escuridão que me amedronta e me traz visões do horror de viver na escuridão para sempre! Todos os dias eu me perco na falta de luz, mas todos os dias procuro ser iluminado e encontro o meu caminho. Abstraio-me deste fantasma preto que me enubla enquanto escrevo, e enquanto espero por ti adormeço na esperança que me voltes a guiar amanhã, sei que um dia, juntos, derrotaremos a escuridão, entretanto já sabes...acorda-me quando chegares...