17.5.14

Medo



Medo. Medo do que aí vem, medo do que tenho e medo do que me possa faltar. Tenho medo… medo do som do gatilho e do esticar da corda. Medo do presente e do desconhecido futuro. Receio perder as forças, o crer e a vontade de ser e de existir. Conseguirei aguentar tumultos, tempestades  e eventuais atrocidades? Em mim existe hoje, além do medo, a dor… A dor de quem mente enquanto sorri, a dor do aperto no peito pela falta de autoconfiança, a desconfortável dor que me tolhe o pensamento, que me mói a alma e mata aos poucos. Fui atropelado pelos pensamentos que se amontoam, não os consigo tirar cá de dentro, não os consigo abrandar, não consigo viver!