Não dançarei a valsa que me tocas
Por não ter asas que ma deixem voar,
Tornaram-me a alma e a mente ocas,
Sem sentimentos… abafo, sem ar.
Cortara-me me as asas e já não te acompanho,Não tiro, assim, ao teu esvoaçar beleza
Por entre jardins e prados floridos
Restando em mim apenas a fraqueza
De rastejar por mundos descoloridos
Monocromáticos, tristes e sem vida.
Apenas a dor de uma trovoada imensa
E da penosa chuva agora aparecida
Fica só o amolecer da caminhada extensa
Em busca da felicidade que não me apetece
Apaziguando a dor que me endurece
Me torna menos sentimental
Já que eu nem sequer sei voar afinal…