29.1.08

Acorda-me quando chegares XIII - Estou aqui


Triste, assim fico
Porque assim te vejo.
Sem rumo, perdida
Na escuridão da tua vida!
Por entre caminhos esquecidos caminhas,
Tentando disfarçar a mágoa sentida,
Diferente, esta, de todas as outras que tinhas!
Mas eu, eu observo-te de uma distância.
Uma distância que vê através do teu disfarce
E me revela a tua triste e salgada face.
Tudo o que quero de ti é a tua mágoa
Quero curar-te,
Eu quero salvar-te do escuro que te fere.
Dá-me todos os teus problemas
Eu vou aguentar o teu sofrimento!
Entrega-me o que te consome,
Beberei o veneno mortal por ti.
Perguntas porque me importo que te magoem,
Importa-me mais que se me magoassem a mim.
Salvar-te,
Quero salvar-te,
Vou salvar-te.
Dá-me tudo o que te assusta.
Eu terei os teus pesadelos,
Para que durmas profundamente.
Não temas a chama da vela do meu amor
Deixa-a ser o sol no teu mundo de escuridão.
Serei tudo isto, basta desejares…
Basta me acordares quando chegares...

22.1.08

Within Temptation - Frozen

Nem sempre o céu nos mostra o seu azul onde toca cada raio de luz emitido pelo sol, nem sempre as estrelas me fazem companhia quando regresso a casa, nem sempre o sol me aquece, e nem sempre tenho forças para me aquecer. Por muito que tente, fico gelado, sem me conseguir mexer ou sentir seja o que for e acabo por magoar quem mostra carinho por mim... Mas quando bato no fundo, acabo sempre por encontrar uma musica que me traz no caminho de volta, uma musica que se identifica com aquele momento, que me faz libertar uma lagrima de raiva, contrair todos os musculos, soltar um grito do interior que só eu posso sentir e ouvir, e empurrar com toda a força o fundo para longe de mim...


I can’t feel my senses
I just feel the cold
All colors seem to fade away
I can’t reach my soul
I would stop running, if knew there was a chance
It tears me apart to sacrifice it all but I’m forced to let go

Tell me I’m frozen but what can I do?
Can’t tell the reasons I did it for you
When lies turn into truth I sacrificed for you
You say that I’m frozen but what can I do?

I can feel your sorrow
You won’t forgive me,
but I know you’ll be all right
It tears me apart that you will never know but I have to let go

Tell me I’m frozen but what can I do?
Can’t tell the reasons I did it for you
When lies turn into truth I sacrificed for you
You say that I’m frozen but what can I do?

Everything will slip way
Shattered peaces will remain
When memories fade into emptiness
Only time will tell its tale
If it all has been in vain

I can’t feel my senses
I just feel the cold
Frozen...
But what can I do?
Frozen...

Tell me I’m frozen but what can I do?
Can’t tell the reasons I did it for you
When lies turn into truth I sacrificed for you
You say that I’m frozen, frozen...

Frozen Video

5.1.08

Acorda-me quando chegares XII


Partiste novamente, com data prevista, hora marcada, e destino traçado... Não pensei que voltasse a sofrer com a distância, curta fisicamente, mas longínqua no que ao tempo diz respeito... Ano novo vida nova diz a sabedoria popular, mas este início de ano, apesar de novo, não está a ser muito justo. Separou-nos, apenas fisicamente mas separou. Levou de mim a maior parte do tempo que passava contigo. Tirou-me o inicio do dia, aquele passava junto a ti! Tirou-me o sorriso, aquele que te mostrava e aquele que a minha vista deslumbrava, quando te via sossegada, de cabeça encostada ao meu peito a dormir como se no paraíso estivesses e nada te pudesse perturbar, nem nenhum Deus tivesse força para apagar aquele quadro... Tudo isto me tirou o início de ano, e eu sozinho, deixei-me adormecer na esperança de te ter como parte do meu sonho. Não me lembro do que sonho, porque sonho, nem tenho a noção certa do que sonho, mas sei que, quando estou acordado, vêm-me imagens tuas à cabeça que me fazem desejar saber a continuação daqueles fragmentos sem qualquer tipo de ligação. Sei que são partes do sonho. Daquele que sonhei. É cada vez mais difícil ver-te quase só em sonhos. Sinto-me a ressacar e aqueles pequenos sopros do sonho não chegam para curá-la, quero mais, quero-te a ti, quero sentir-te novamente. Tenho um sentimento que me diz que será por pouco tempo e brevemente tudo regressará ao normal, mas isso não chega, e cada segundo que passa é uma eternidade que me moí. Dói ver-te todas as noites e não poder tocar-te, dói ler as tuas mensagens e não poder ouvir-te, dói desejar-te e não poder ter-te, dói lembrar o passado e sentir a diferença do presente. Sem forças capazes de fazer diminuir tamanha diferença, resta-me esperar pelo pôr do sol ainda que encoberto pelas nuvens, pela chegada das estrelas que não vejo, pelo acender dos candeeiros das ruas que embalam a minha cidade que se acalma e adormece, já deitado e de olhos fixos no tecto tenho mais um sopro com a tua cara a sorrir, um aperto no coração e uma lágrima marota mostram o quanto te amo, tento serrar as pálpebras molhadas pelo liquido que me salgou a cara, desejo sonhar contigo toda a noite, para ter visões tuas todo o dia, digo-te boa noite na esperança que oiças o meu grito mudo e adormeço... Não sei se vou sonhar, nem se me vou lembrar do que sonhei, nem sequer se vou sonhar contigo, mas adormeço na esperança de que quando acordar teres sido tu a me acordar...