3.9.11

Não é justo esconder

Deixei-me levar pelas notas de um piano, que me foram batendo uma a uma no peito. Leves, meigas, doces… suaves… Lembraram-me de ti, mas não me mataram a falta que me faz o teu carinho. Cansei-me de te esconder em emaranhados de palavras, em textos sentidos pelo coração mas nem sempre fazendo sentido para quem os lê, cansei-me de joguinhos com letras. Não é justo esconder o que arde cá dentro, o que de mais bonito podemos ver nascer e sentir, o que mais queremos preservar e queremos fazer durar. Não é justo guardar só para mim a vontade de gritar o que sinto por ti quando na verdade quero gritar mais alto que tudo e todos.  Parei para pensar em como somos tão estúpidos ao ponto de não dizermos que amamos alguém porque temos medo, medo que nos achem ridículos, medo que nos achem inferiores e frágeis, mas na verdade desejamos com todas as forças ouvi-lo da boca de alguém, num sussurrar sentido ao nosso ouvido, numa voz tremula, meiga e doce, num palpitar de um coração que quer sair do peito, num esvoaçar de ideias que nos fazem sentir as pessoas mais felizes do Mundo. Não acredito que alguém não seja assim… Se queremos ver um sorriso na cara de quem amamos porque não lhe dizemos? Porque não lhe baralhamos os sentido e não lhe pomos o coração aos saltos? E se não houver amanhã? Um dia não vai haver, e vamos querer voltar a um ontem que nunca vamos poder, por isso te digo hoje o que há muito tempo alguém incompreendido chamou de fogo, por isso não te escondo neste texto. Podia dar-te uma flor, podia dar-te a maior das extravagâncias, mas não, nada disso é suficiente, é o Mundo que quero conquistar para ti. Não sei ainda quando estarei do outro lado desta bola que chamamos planeta mas prometo-te que volto, volto por ti, e trarei o outro lado do Mundo que prometi dar-te… Até lá quero apenas lembrar-te do que me enche a alma, me acalenta o coração, me alimenta o sorriso. Porque mesmo não sendo Carnaval não levas-te a mal que dissesse que te amo. Não te vou chamar de flor, nem de borboleta, ou outra coisa qualquer para te esconder, chamo-te de Joana e digo por isso que te amo…

1 comentário:

Anónimo disse...

Que bom este abraço sentido que te trouxeram as notas do piano... que bom ler as tuas palavras quentes e reconfortantes, sentir o coração querer saltar fora do peito, as borboletas em rebuliço no estomago, os olhos a quererem desfocar pela intensidade do que me estavas a querer dizer... Não precisas tentar trazer o mundo, sei que é pesado e uma batalha dificil, mas a melhor conquista que me podes oferecer é o teu amor, com ele sinto-me mesmo a dona do mundo... Amo-te Rui