É difícil
erguer a cabeça se ma empurram para baixo. É difícil respirar no limite da
água, que ora me deixa respirar por meio segundo num socalco, ora me sufoca
entrando-me pelo nariz com sofreguidão. É difícil viver de mãos atadas, de
peito apertado e com medo. Medo de tudo, medo de todos. Medo de ti, medo dele,
medo dos outros, medo que me tirem o que me resta, medo que nada mais reste
quando pouco me tirarem, medo de viver, medo de (ainda) cá andar, medo de
sorrir sem me arrepender. Este não sou eu, busquem por mim num outro sítio,
mais florido, mais luzidio, menos problemático, menos apático. Este não sou eu,
tirem-me de mim, levem-me o que me mata… ou então deixem o que me mata, e
levem-me só a mim daqui. Já não consigo ir pelo meu próprio pé…
4.11.13
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