15.2.07

Asas...


Asas... Só um prenuncio de asas... Mas é melhor um rabisco delas do que nem as ter. E o que importa é que eu as vejo, ainda que quase ninguém consigo, e por isso, não acredite na sua existência. Mas eu sinto, sinto e sei que um dia elas vão se tornar mais fortes, e aí eu vou poder voar. Todos se vão surpreender com aquele miudinho que traçava planos muitas vezes distantes e sonhava muito alto, porque não os compartilhava com ninguém. Ou que parecia mais um tolo que aparentemente só cultivava medo, lágrimas e fracassos. Um dia vou voar, quem sabe daqui a uma semana, um mês, um ano, ou mesmo uma vida, mas eu vou voar. Não me importo um bocadinho que seja com o tempo que isso vai demorar, só me importa mesmo é ir e, lá bem do alto, olhar para baixo e lembrar-me de onde eu saí, como era e no que me tornei... E depois olhar em frente, para onde vou, vivendo a materialização de promessas cravadas no coração e feitas durante tanto tempo, que por medo, vergonha e incerteza nunca foram reveladas... é tudo uma questão de tempo... Voar e ir para longe, para viver feliz, como aquele filhote de ave que mesmo sabendo da altura do ninho e da tempestade adiante, olha para as suas asas tão frágeis mas não teme, pois sabe, que em breve, elas vão crescer e ficar fortes...

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