8.3.08

(In)Coleccionáveis


O coleccionismo fascina-me. Não sei explicar o que sinto quando vejo uma colecção seja do que for. Talvez o bichinho venha da família, o meu colecciona chávenas de café. Desde miúdo que cravava à minha mãe dinheiro para as minhas colecções. Cromos, tazos, berlindes, surpresas dos ovos kinder, tentava coleccionar um pouco de tudo nunca completando no entanto qualquer colecção. Com o passar do tempo e o evoluir natural da minha pessoa, fui-me dedicando a outras colecções. Mentalizando-me que nunca iria conseguir acabar uma colecção, decidi optar por colecções sem um número de items previamente definido, ou seja, nenhuma delas tem fim à vista e posso contribuir para o enriquecimento de cada uma toda a minha vida. Neste momento tenho 4 colecções deste tipo. Três delas são constituídas por artigos não comprados directamente para esse fim e a restante já exige algum investimento, ou seja, das três primeiras fazem parte, uma colecção de moedas em que, sendo moedas de euro troco por uma de valor igual e nas restantes cinjo-me ao que vai aparecendo no dia-a-dia; uma colecção de bonés, onde ao contrário do que se espera, não fazem parte bonés de marca mas sim daqueles oferecidos quer por marcas de carros, quer por bombas de gasolina, quer partidos políticos e outros mais; a última deste grupo é a colecção de bilhetes de futebol em que fiz parte da assistência. Sabendo toda a gente do vírus que me corre no sangue e me faz ter uma paixão descabida pelo Sporting de Braga, não será de estranhar que eu tentasse conjugar numa colecção interminável vários gostos pessoais, e quando se mistura a paixão pelo Sporting de Braga, o bichinho pelas infindáveis colecções e o sentimento com forma de gosto por símbolos nasce a outra colecção, a colecção de cachecóis. Viajando eu por esse país fora sempre que posso para acompanhar o meu clube nos mais diversos estádios, aproveito para confraternizar com os adeptos adversários (naquilo que deverá ser o verdadeiro desportivismo muitas vezes esquecido) tentando trocar impressões e mostrar que em Braga vive-se o Sporting de Braga. Uns trocados entre estas conversas, outros comprados por aí, outros ainda trazidos por conhecidos que sabendo deste meu fascínio se lembram de mim e decidem contribuir com mais um exemplar. Como uma colecção (no meu entender) só tem razão de o ser se for mostrada e apresentada para um “público” decidi, na impossibilidade de criar um museu (isto já sou eu a delirar) criar um blog com fotos e breves descrições de cada um dos exemplares. Passem por lá e opinem.


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