Não me lembro dos primeiros que vivi, por ser pequeno e não perceber que os dias eram diferentes, achava que nenhum deles era diferente no significado. Aos poucos lá me fui apercebendo que havia um dia que eu iria gostar mais que os outros, um dia que iria ter um carinho especial. Comecei a aperceber-me que nesse dia se fazia uma pequena festa, e que, ao contrário do Natal, apenas eu recebia presentes. Decorei essa data e por ser um dia em que me sentia feliz, comecei a ansiá-lo. Não me lembrava muito dele até ao início de Novembro, e aí começava uma contagem decrescente pelo penúltimo dia do mês, o dia da euforia, o dia em que da aurora ao crepúsculo eu estampava um sorriso na cara que me saia com a maior naturalidade e simplicidade do mundo. Com o passar dos anos essa ânsia começou a demorar menos tempo, porque a contagem decrescente foi reduzindo o número de dias a contar. Notei isso este ano, foi diferente esta espera. Não sei ao certo a que razão atribuir, mas no fundo encontro várias razões para a falta de ânsia e de lembrança. Durante este mês que amanhã acaba, não me lembrei do dia 29, não me lembrei de contar os dias que faltavam, não me lembrei de querer vê-lo chegar, não me lembrei de sentir a ânsia, mas não me esqueci que fazia anos. A todos os que se lembraram de mim, muito obrigado, e fica aqui uma musica de alguém que vai actuar na minha festa de anos logo à noite algures em Lisboa. A última parte como é lógico sou eu a regar...
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1 comentário:
Não fizeste a contagem decrescente mas o que interessa é que no TEU dia houve quem se lembrasse de ti e isso é o mais importante!
Gosto dessa música =)
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