6.12.09

O meu jornal desportivo I


Se há coisa que me revolta é ler jornais desportivos. Não compro nenhum porque pagar duas ou três moedas para ler meia ou ¾ de página de mentiras, pressões e presunções acho um desperdício... de papel! Como tal sei por terceiros as notícias vergonhosas que vão sendo publicadas por jornalistas de pouca credibilidade. Não sendo eu jornalista e não tendo qualquer credibilidade resolvi criar o meu espaço noticioso aqui no superbraga. Não me importa se as noticias que eu vou escrever são falsas ou verdadeiras, mas vou falar só do Sporting de Braga e vou puxar a brasa sempre à minha sardinha. Não precisa de ter nome, basta chamar-se “O meu jornal desportivo”, se os outros podem escrever as mentiras que bem lhes apetece, porque não posso eu também escrever?


Leixões – Braga


«Empate injusto no lamaçal serve para manter liderança»


Noite de sábado invadida por uma tempestade que durante todo o dia se abateu sobre o Estádio do Mar. A deficiente drenagem do relvado aliada à má qualidade da relva (já com remendos visíveis em alguns pontos) tornava a casa do Leixões sem condições para a prática do futebol. Assim não o entendeu o árbitro Leiriense Olegário Benquerença, nem a Liga de clubes, que curiosamente decidiu adiar o jogo Oliveirense – Fátima pela mesma questão.
Com o Braga instalado no meio campo Leixonense apenas em contra-ataque o Leixões conseguia acercar-se da baliza Arsenalista, mas sempre sem perigo. João Pereira teve oportunidade de inaugurar o marcador após uma boa combinação com Madrid, que lançando a bola por cima dos defensores contrários deixou João Pereira em boa posição para marcar, mas o remate saiu um pouco ao lado. O mesmo João Pereira aos 19 minutos viu o árbitro erguer o cartão amarelo por ter proferido pela primeira vez no jogo palavras que terão ferido a susceptibilidade do árbitro do encontro. Um amarelo que foi demais até porque nem tinha sido o número 47 a fazer a falta. O golo do Leixões nasceu de um pontapé para a frente (táctica utilizada durante todo o jogo) que obrigou Moisés a fazer um atraso para o guarda-redes, que devido ao estado impraticável do relvado desviou a bola do guardião da Selecção Nacional e se encarregou de a encaminhar para o fundo da baliza. Não merecia o Braga pelo jogo que estava a fazer, não merecia o Leixões pelo jogo que não estava a fazer e nem merecia a legião de 500 Gverreiros que apesar da chuva intensa se deslocaram a Leixões para ver o jogo. Com a equipa da casa a jogar ainda mais à defesa e a fazer anti-jogo constante, poucos lances de perigo houveram até ao final da primeira parte. Apenas uma equipa procurou o golo ate a recolha aos balneários. A segunda parte trouxe duas mexidas no onze do Braga, saíram Madrid e Meyong, entraram Hugo Viana e Matheus, o brasileiro que curiosamente teve uma soberana oportunidade de igualar o marcador, mas sem o guarda-redes entre os postes tentou picar a bola sobre os defesas, e esta acabou por sair ao lado. Antes disso destaque para a expulsão de Braga por acumulação de amarelos e por ter feito falta sobre o jogador do Braga por trás, e quando este já não tinha a bola em seu poder. Decidiu bem Olegário mas apesar de todo o alarido criado pelos jogadores da casa nenhum foi admoestado com o cartão amarelo, ao contrário de João Pereira, dualidade de critérios demonstrada pela equipa de arbitragem. Reduzida a dez elementos a equipa do Leixões limitou-se a defender com unhas e dentes e a colocar a bola o mais longe possível da sua baliza, isso foi bem notório pelos 8 pontapés de baliza marcados pelo defesa Laranjeiro, em que colocava a bola sempre na esquerda do seu ataque onde curiosamente apenas se encontrava João Pereira. Já na recta final do encontro o árbitro demonstrou que tem boa audição (ou então não) ao expulsar do banco o treinador Domingos Paciência por ter proferido algo ofensivo que o árbitro ouviu... no meio do campo! De nada serviu a tentativa de Olegário em destabilizar os minhotos que poucos momentos depois empataram por Alan, fazendo rejubilar os adeptos da capital do Minho que se mantiveram de pedra e cal nas bancadas frias e descobertas do Estádio do Mar. Até ao fim o Braga não consegui colocar justiça no resultado, que premiou com um empate uma equipa que nada fez para marcar um golo, e se refugiou no anti-jogo e pontapé para frente. Merecia outro resultado o Braga, mas ainda assim continua isolado no primeiro lugar da Liga e a depender só de si para se manter lá. E se outros podem ser tendenciosos porque não posso ser eu?

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