1.5.11

Relâmpago

A sua luz flamejante cega-me e esconde-me a realidade de um mundo de sentimentos que não quero meu. Atinge ferozmente o ponto mais alto de um ego em auto-destruição sem timoneiro que o guie, sem vontade que lhe valha. Gerado lá do alto, em cotovelos afiados e contundentes, rasga a mais pura nuvem de algodão por um menino imaginada e desce em direcção ao alvo para lhe roubar a vida… se ele ainda a tiver. O ensurdecer do som que emite, faz-me vibrar todas as células de um corpo já sem forças para reagir aos estímulos da chuva que me encharca o corpo ao mesmo tempo que me põe em sentido e me faz respeitar o que me diz como se de uma reprimenda se tratasse. Os longos milissegundos em que me mostra toda a sua força e intensidade fazem-me querer que sejam horas de pura dor e prazer. A espera pelo próximo faz-se de braços abertos, olhos fechados, cara virada ao céu que me mistura as lágrimas com a água que dele brota, num respirar lento e sufocado pelo nó apertado na garganta. É recebido agora o último desta série, é feito um pedido em forma de grito não audível, mas sentido por quem direito “Porque não me acertas afinal?”

1 comentário:

Anónimo disse...

“Caneco para Braga”

São enormes os guerreiros
Do nosso Minho verdejante
Entraram assim de rompante
Da Europa são os primeiros

Os de Liverpool cilindrou
De Kiev meteu no chinelo
Nunca vi futebol tão belo
E agora as águias depenou

O mundo está a ficar mudo
Até Dublin vão agora rumar
Verão Braga por um canudo

Pintos da costa muito vão suar
Arsenalistas jogarão de escudo
E o caneco deverão conquistar.