24.7.07

Acorda-me quando chegares IX


Poucas horas passaram desde a última vez que te vi, mas a incerteza de muitas faltarem para te voltar a ver faz nascer em mim um misto de saudade e raiva! Não sei ao certo quantas horas faltam para voltar a ver o teu rosto. Lugar angelical onde permanecem, lindos e serenos, os teus olhos doces, onde mora o tua boca que liberta palavras meigas e beijos ternurentos, que me fazem sentir a palavra amor de cada vez que tocam os meus. Na hora da despedida, uma lágrima quase fugia na ânsia e incerteza de quando te voltar ver, mas ficou presa, e fez-me fingir. Fingi parecer ser forte pois na verdade sentia uma imensa dor por não saber quando te voltaria a ver. A tua felicidade (talvez também fingida) deixou-me sem forças nem coragem para me mostrar fraco, não quis aumentar o teu sofrimento. Forte é aquele finge ser alegre para não tirar o fingimento de alegria da cara de quem ama na hora da despedia. Se isto não é amar, condenem-me à morte por apedrejamento e atire certeiras pedradas quem sabe o que amar é, se o que sinto não é amor, não sei o que é amar, e ninguém sabe o que é amar! Espero não ser longa a tua ausência, mas por muito curta que seja, no relógio do meu sentimento irá ser sempre demorada demais! A ausência dói, mas o reencontro cura e fortalece o ser mais fraco. Nunca nos últimos 5 meses estive tanto tempo longe de ti como prevejo estar agora. Já não me lembro de como são as manhãs passadas sem ti, sem um carinho, sem um mimo, sem beijo! Como irei saciar esta fome sem alimento? Já não sei viver assim... Não sei viver com este amargo na boca, com este vazio no estômago, com esta ânsia que chegue um dia que nem eu sei qual é, com esta vontade de ver o relógio adiantar-se... É tão vagaroso esse comboio que te trás até mim. Muitas estações vai passar até que chegue ao destino e o pior de tudo é que só agora partiu da estação onde te apanhou... Nesta longa e penosa viagem onde o começo é tão certo como a incerteza do fim, vou ficar aqui, na última estação desse comboio movido pelo tempo imaginário que ambos criámos. A noite, apesar de ser de Julho, está fria, e é no amparo deste banco de madeira que me deito e me aconchego para matar este cansaço, para calar a voz desta fome que consome, para me deixar embalar pelas tuas palavras trazidas pelo vento que me gela as mãos que juntas tentam esconder o meu peito, de maneira a guardar o calor do amor que por ti no meu coração mora! Deixo que as pálpebras aos poucos me retirem da visão o ponto mais longínquo da linha férrea e as estrelas que, por entre as nuvens, espreitam. Deixo-me adormecer na esperança de que o dia da tua chegada esteja para breve!

P.S.: Acorda-me quando chegares!

1 comentário:

Anónimo disse...

Oi oi
Pois e menino perfeito de eu,so de pensar que ainda falta pelo menos um dia para te voltar a ver tambem doi ca dentro,mas prontos,ha sempre outras formas de comunicação que nos vao ajudar a que passe o tempo mais depressa,nao e tao depressa como desejavamos mas ele vai passar vais ver =)
Adorei o texto,puseste a munina a chorar oh =$...Ve-se que foi feito com sentimento =D...
Mas oia...nao fica tistinho porque depois a gente vinga-se da distancia nas ferias tim tim =D...quero passar o maximo de horas,de minutos,de segundos, ao teu lado e sabes porque?Porque te amo muito riquinho de eu =D
Beijinhos pa tu =)