Não
tenho de me justificar, nem tenho de dar contas a ninguém do que faço, mas
sinto uma necessidade de explicar o porquê da colecção de cachecóis, o porquê
de continuar a aumentar o número de exemplares. Confesso que tenho uma paixão
por símbolos, por emblemas e sempre me fascinaram os cachecóis de futebol. Por
mero acaso, nas deslocações do Sporting de Braga, comecei a trocar cachecóis do
meu clube com os adeptos da equipa da casa, foi por aí que começou a colecção.
Uma vez que não existe número de exemplares definidos, defini eu que
coleccionaria os cachecóis das equipas adversárias do Sporting de Braga. Nas
equipas portuguesas a vida foi-me sendo facilitada a cada jogo fora que o
Sporting de Braga fazia, quanto às equipas estrangeiras, que em tempos ou mais
recentemente o Sporting de Braga defronta nas competições europeias, é mais difícil
adquirir os cachecóis dessas equipas. Assim sendo, facilita-me a vida a Internet.
Coloquei os meus cachecóis na Internet, e visitei inúmeros sites de outros
coleccionadores com cachecóis que me interessavam. Não conhecia ninguém, mas a verdade é que fiz
inúmeros amigos. E digo amigos porque o são na verdade. Troco cachecóis com os
mais variados países da Europa. Da vizinha Espanha à França, da Itália a
Inglaterra, da Grécia à Rússia, passando pela Holanda, Roménia, Alemanha e
Israel, da Bulgária à Eslováquia e até da Eslovénia à Ucrânia. Espalhados pela
Europa estão pessoas de diferentes clubes, diferentes etnias, diferentes
credos, mas sempre com a mesma paixão por cachecóis, por futebol e pelo
fair-play, pela amizade. É inexplicável o sentimento que tenho sabendo
distribuo cachecóis do Braga (e não só) pela Europa fora, que recebo encomendas
do outro lado da Europa, onde alguém como eu, tem prazer e gosto por aquilo que
faz. Contudo, o contacto não se resume a troca de cachecóis. Oferecem-se presentes,
trocam-se ideias, fala-se de jogos antigos, de jogos recentes, fala-se da
família, do estado do país e do estado do Mundo. É esta união, é este grupo, United Scarves
Collectors, que me faz continuar a contactar com todos eles, a trocar cachecóis
e não só. Sinto-me bem com isso, não sou doido por cachecóis, não os tenho num
sitio onde ninguém pode tocar, qualquer um pode lá ir, tocar neles, abri-los,
vê-los, não é algo que guardo com a vida. Conseguem imaginar como um simples
pedaço de pano com um símbolo pode levar dois desconhecidos a encontrarem-se
num qualquer país? É como ter um amigo para ir ver num país que visitamos pela
primeira vez. Assim fez o Simon Moses, Israelita, aquando da sua visita a
Portugal. Visitou Braga e o nosso estádio num desvio à sua passagem pelo Porto,
porque lhe falei da cidade e do clube. É a amizade que nos une, os cachecóis são
só um pretexto. Que o diga o Mark Nienhaus, adepto do Shalke 04, alemão e com
dois filhos, o mais novo tem uma babete com o símbolo do Braga, porque o pai
assim desejou. Não me julguem por ter muitos cachecóis, façam um esforço para
perceber o gozo que isso me dá… Deixem de me chamar doido, de me chamar
viciado, recuso sê-lo…
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4 comentários:
Olá, afinal há mais por ai...LOL...Trouxeram-nos um cachecol repetido e andava a procura de sitios onde pudesse trocá-lo e foi assim que cheguei ao seu blogue.
Dicas, informações sobre trocas de cachecois. Pode ajudar? Obrigado.
Olá, afinal há mais por ai...LOL...Trouxeram-nos um cachecol repetido e andava a procura de sitios onde pudesse trocá-lo e foi assim que cheguei ao seu blogue.
Dicas, informações sobre trocas de cachecois. Pode ajudar? Obrigado.
Olá, a minha página de cachecois para troca é a seguinte: http://nemecrui.webnode.com/exchange/
Nesta página encontra links de outras colecções de cachecóis:
http://nemecrui.webnode.com/links-/
hehehe mas tambem e q tens o chachecol do Atleti :D
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