Há dias em
que as palavras me faltam,
Dias em que
o azar teima em rimar com destino
E me levam a
um total desatino,
Dias em que
à franja os nervos me saltam.
Tremem-me as
mãos, esvanece-se a visão,
Turvam-se os
sentidos, aperta-se o coração.
Dói este
desalento que me corrói
Dói pensar,
dói agir, dói ferir…
Dói… Sei que
não mata, mas sei que mói…
Há dias em
que as palavras são demais,
Melhor fora
se estivesse calado
E a flor não
tivesse secado
Com
palavras, palavras a mais...
Há dias em
que o telemóvel não liga,
Em que a
máquina do café não é amiga,
Fica-te com
o troco e nem a bebida adoça,
Há dias em
que um arranhão parece uma mossa.
Há dias que
não me apetecia ter
E dias que
eu nem queria ver,
Há dias que
me roubam o querer
E dias que nem
dias deviam ser…
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