9.9.12

Bala




Dedilho uma bala, sinto-lhe o peso,
Imagino-lhe a força, a impulsão.
Sinto o medo, cerro-a na mão,
Suo, tremo, que confusão…
Abro lentamente a mão
E aprecio-lhe o brilho,
Sussurro-lhe um segredo,
Gravo-lhe um nome…
Fecho a câmara e
Do gatilho tiro o dedo.
Baixo a arma, baixo os braços,
Desisto, não tenho mais força
Para calar a voz que me berra
Desisto, acabou-se a guerra…

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