10.1.07

Devaneio...


“Os elogios não me elevam, as ofensas não me rebaixam...sou o que sou...e não o que acham!”

Foi esta frase e a tentativa frustrada de a interpretar que me fizeram pegar nesta folha de cara lavada e na caneta de sempre, para tentar exteriorizar o que não consigo dizer quando falo... Podia ser apenas uma frase como tantas outras, que exprimem uma opinião em forma de sentimento que é interiorizado por quem a diz ou escreve, mas cativou-me, algo me prendeu a visão a ela e me levou inconscientemente para um pensamento profundo... Não viesse a frase de quem vem e supostamente ia-me passar completamente ao lado! Com a primeira parte da frase concordo perfeitamente e não é muito difícil explicar porquê, uma vez que, trás ao de cima toda a personalidade forte existente nela e toda a força interior que se esconde por baixo do exterior angélico que apresenta... Mas o fim da frase, (sou o que sou... e não o que acham!), fez-me encontrar duas interpretações diferentes... Na primeira interpretação eu imagino que devido à exposição que tem com público, e que nem sempre corre da melhor maneira, uma vez que nem todos os clientes compreendem que nem sempre as coisas têm de ser como eles querem, ela deseje mostrar que o verdadeiro “eu” depende também da forma como ela é abordada pelas pessoas que não dão o devido valor ao trabalho que com carinho é elaborado por ela... Por outro lado, e aqui entra a segunda interpretação, é uma interrogação que me assalta os pensamentos. Será que pelo simples facto de eu “achar” que ela é simpática, carinhosa e toda uma infinidade de adjectivos qualificativos que é desnecessário transcrever para aqui, ela deixa simplesmente de o ser? Não me parece... Por isso é que escrevi “achar” com aspas... Porque na verdade, eu não acho, tenho a certeza...

Em que ficámos afinal?

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