Foi mais uma vez na varanda destas traseiras, que me sentei ao relento, e esperei já sem desespero que o tempo passasse e me levasse os pensamentos para longe, o frio gela-me o corpo, mas isso não me importa porque não consegue fazer o mesmo com o pensamento... Esse já abandonou o meu corpo antes mesmo de eu começar a escrever... já vai longe! Foi para tão longe que me levou a pensar no próprio tempo. Passámos o dia á espera da hora de sair do trabalho, passámos a semana á espera do fim-de-semana, passámos o mês á espera do fim-do-mês, passámos o ano á espera das férias... e desejámos com quantas forças temos que esse dia chegue o mais rápido possível, e esquecemo-nos de viver a vida, viver aqueles pequenos momentos que fazem a diferença na vida de cada um! A vida é feita de pequenos nadas! Ficámos presos a um passado que nos tolhe, nos prende os movimentos, as ideias, as intenções e os sentimentos... Prendemo-nos a algo ou a alguém de tal maneira que quando nos apercebemos é tarde demais, já fomos apanhados e somos levados para longe, para um sítio onde tudo se torna rotineiro e não há espaço para esboçar, por naturalidade, o mais belo e formoso sorriso, aquele que reluz nos inocentes olhos de uma criança... lá tudo é forçado e fingido e por isso não é bonito de se ver! É nessas alturas que temos de encontrar os amigos para nos distraírem e para voltarmos a sorrir com naturalidade! Hoje algo me fez sorrir assim... um simples obrigado fez-me sentir feliz, encheu-me de alegria fez-me nascer uma estrela nos meus olhos e aqueceu-me o peito... por dentro!
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