3.8.10

Sem borboletas no estômago

Sem o cheiro das flores
Sem quaisquer outros odores
Apenas a ausência delas,
As coloridas, esvoaçantes, belas...
Pintadas de imaginação,
Imaginadas por diversão,
Criadas pela minha mente
Que se apagou de repente
Antes que a diversão me tente.
No estômago já não as tenho,
Mas existe o empenho
Que a ele próprio se confunde,
E antes mesmo que me afunde
Prefiro cortar pela raiz
A flor que nunca quis.
Sem flores não há borboletas,
Sem borboletas não há primavera,
Sem primavera acaba a quimera
De no estômago voarem como roletas...

1 comentário:

luis nuno barbosa disse...

gostei muito =)