A meia dúzia de passos
De embarcar numa aventura
Que ainda desconheço os traços
E que será, porventura,
A mais longa distância
Que terei dos teus braços,
E vivo entretanto, nesta ânsia
De serem de regresso estes passos.
Mas ainda não o são
E eu ainda não parti
Mas dentro do coração
Só guardo a saudade de ti.
A vontade só tenho de voltar
Para de onde não quero sair
Por não me apetecer limpar
As lágrimas que ando a carpir
Ainda que inocentemente
Por em mim se ter criado um receio
Que me apoquenta ultimamente
E me traça esta vontade a meio
De querer dar meia volta ao mundo
Conhecer o que do outro lado se faz
Sem nunca cair ao fundo
Do poço onde por agora jaz
O medo do fracasso
E o medo do obscuro.
O tempo é tão escasso
Para me poder sentir seguro...
2 comentários:
vai caralho, senão vou eu por ti!
hehe quando vieres vamos às gaijas
E foi naquele momento que a pintas-te, mesmo enquanto espiavas a beleza dos seus traços nus. :)
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