3.11.06

Acorda-me quando chegares!


Partiste! Fizeste a mala e saíste de mansinho, deixaste a porta entreaberta para não fazer barulho e não me acordares. Sei que não gostas de despedidas, pois é, nem eu... Foi melhor assim, poupámos os dois algumas lágrimas que nos vão fazer falta quando nos reencontrar-mos. Deixaste-me apenas um bilhete escrito a dizer que regressarias em breve... ainda o guardo na minha imaginação. Não sei para onde foste, nem o tempo que vais demorar, mas tenho fé que vais voltar rápido e me vais trazer o que te pedi! Faz-me falta o que te pedi... e faz-te falta a ti também, mas nada que se compare à ausência que sinto por não te poder tocar, não te poder ver nem ouvir a tua voz ainda que esganada pela dor que ambos sentíamos. No fundo somos os dois uma só pessoa. Porque eu não posso ser pessoa sem ti e tu só podes viver em mim! Sem conseguir descobrir a razão, tenho a sensação que desta vez vais acertar no meu pedido, é desta! É desta que a dor vai desaparecer de vez e o sentimento de ser o falhado do costume, aquele que mesmo antes de tentar já é falhado porque tem medo de tentar, vai ser sepultado! No entanto, e devido a todas as emoções vividas ultimamente, sinto-me cansado, de rastos. Esta maratona em que só eu me inscrevi e que teima em não acabar leva-me a força e a energia toda. Decidi fazer uma pausa, e deitar-me novamente. O sono hoje, esse já está debaixo da travesseira á minha espera, não vou precisar de chamar por ele nem ficar a olhar as estrelas do tecto do meu quarto à espera dele, ele já lá está... e está maior que nunca, não lhe vou conseguir resistir e ele vai tomar conta de mim nos próximos tempos... Volta rápido!

P.S.: Acorda-me quando chegares.

1 comentário:

Cidchen disse...

Deixo-te apenas estas palavras:
É melhor uma tentativa frustada que a frustação de nunca ter tentado!

Bjinhos