O primeiro dia no terreno foi o terceiro na Ásia, acordo de manhã e vejo que já não existem insectos no chão do quarto, preparo-me então para o pequeno almoço e ao descer as escadas em direcção ao refeitório reparo no trabalho de um dos empregados, andar a varrer os insectos que cá ficaram dentro do chão. No fim do pequeno-almoço dirigimo-nos para o armazém a fim de começar a separar os materiais. Para isso temos a ajuda de cerca de 15 indianos. 15 que não conseguem fazer o serviço de 2. Muito pacatos, sem força, sem vontade de trabalhar e sem iniciativa de qualquer tipo, excesso de homens e falta de força, estorvam-se uns aos outros e não ajudam lá muito, é o que há e é com o que posso contar, percebo então que vou ter de suar muito e desgastar-me bem nos próximos tempos. Apesar de me verem normalmente a falar português ou inglês, eles insistem em falar comigo num dialecto que eu não entendo uma única palavra, bem entendo uma, “tica” significa ok, gostava muito de lhes poder responder mas não consigo já que nem pedir-lhes desculpa por não os entender consigo, e também eles me tratam com grande respeito, juntando as mão no peito e curvando-se sempre que me vêem… Depois lutar contra a curiosidade de cerca de 100 indianos sobre o que seriam aqueles postos que eu ando a montar lá consegui por um posto pronto, o chamado posto de parque. Fora desta barraca onde me encontro, estão a montar o painel informativo em cima de um andaime e subo então até lá cima. Fica mesmo no meio do parque, e depois de suar as estopinhas lá conseguimos colocar o painel fixo nas vigas, debaixo de um calor de cerca de 40ºC, ergo-me vejo o pôr do sol por trás das montanhas e sinto saudades de casa, da família, daquele beijo, daquele abraço… Antes de jantar vamos conhecer outra fábrica que fica aqui bem perto. Existe lá também um templo maior que o daqui, e voltam-me a colocar uma pinta na cabeça desta vez é uma espécie de creme da cor da minha pele e por isso não se nota muito. Em casa do chefe, cujo nome não consigo pronunciar, por isso não sou capaz de o escrever, como uns doces tradicionais indianos um pouco a custo, e aprendo que quando se cumprimentam pessoas muito mais velhas e lhes queremos mostrar respeito devemos curvar-nos e tocar-lhe nos pés, tocando depois no peito. Volto para a residência para jantar, e colocam-me ao lado uma tigela de sopa espanhola, com um aspecto delicioso e um sabor intragável. Ao fim de 3 colheres ponho-a de parte que já não consigo comer mais. Volto no fim para o quarto, para os insectos, para a humidade, ligo a quem mais gosto e deito-me a dormir que amanhã é outro dia, é segunda-feira!
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