Hoje não deixei o despertador tocar, despertei eu primeiro que ele, a ânsia de voltar é tanta que acordei antes do tempo e levantei-me logo. Acordei o meu vizinho de quarto e apressei-me a ir tomar o pequeno-almoço. Sem saber ao certo se realmente ia-mos partir ou não, enfiei as malas no carro e fomos esperar pela resolução da reunião que iria decidir a nossa partida, ou o retardamento da mesma. É inacreditável como tão perto do fim ainda não sei se será mesmo o fim, ou apenas uma pedra no sapato dos dias que se avizinham… Temos como limite para a partida as 9h da manhã, a reunião começou às 8h30 e o meu estômago esta prestes a explodir de nervos, já não consigo controlar o abanar das pernas constante nem os suores que me percorrem o corpo… São 9h03m, acaba a reunião e a decisão é favorável à nossa partida, despedimo-nos rapidamente e metemos pés ao caminho que em 300Km nos separa do aeroporto, aquele que tem ar de uma central de camionagem. Por entre vacas, cascatas, calafrios, ultrapassagens arriscadas, carros e motas enviados à valeta, buzinadelas aqui, ali e acolá, lá chegamos ao aeroporto, agora já me consigo rir, finalmente vou embora da Índia, finalmente vou para Portugal, mas tenho ainda um longo caminho a percorrer. Ao fim de 3 horas de ter levantado voo de Kajuraho, aterramos em Delhi, e uma vez dentro do aeroporto, limitamo-nos a esperar 10 horas pelo voo atrasado uma hora que nos levaria de volta a Frankfurt durante a noite, numa jornada de cerca de 8 horas. Sem nada para fazer, tentou-se matar o tempo com algo que tapasse o buraco no estômago e principalmente a dormir, ou pelo menos a tentar…
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