1.10.10

Diário da Índia - Dia 8

Mais um escaldante dia de trabalho, mais umas valentes suadelas, mais uns milhentos mosquitos afugentados da minha cara e mais duas básculas prontas num dia que eu pensava que ia acabar cedo! Durante o dia os camionistas que vão ficando surpreendidos com as mudanças, iam-me questionando sobre a finalidade dos dispositivos que estou a montar, em indiano é claro, e eu farto de ouvir falar uma língua que não entendo e farto de tentar falar em inglês para eles e dizer que não percebo o que me dizem decidi falar-lhes em português, respondendo que o que eles vêm vai no futuro servir para tirar gelados e mais tarde café, coisa que por aqui eles acham que é cevada. E lá me fui entretendo assim pelo resto do dia. Consegui até ser atropelado por um insecto de grande porte que me pôs alguns segundos à procura do norte tal foi a pancada no olho esquerdo! E quando pensava que tinha terminado o trabalho por hoje eis que alguém se lembra de fazer testes e configurações, coisa que durou até às nove e meia, e foi preciso apertar para irmos embora caso contrário íamos ficar sem jantar… As refeições são sem dúvida o que mais me custa a passar. O pequeno-almoço é divinal, bem ocidental, com leite, cereais, torradas, fruta, sumo, já as outras refeições são vegetarianas e o esforço deles para fazerem comida ocidental é enorme, mas falta-lhes aquele paladar português, serve simplesmente para tapar o buraco. Amanhã é dia de aniversário, mas não meu…

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