Há
dias em que nada se faz, já lá cantavam os Quinta do Bill, e outros dias há em
que nada se pode fazer. Hoje foi uma mistura destes dois tipos de dias, nada
fiz, porque nada podia fazer. Limitei-me a marcar presença aqui e ali e nem os
macacos apareceram para me entreter. Ora não se faz porque falta isto, ora
porque aquilo ainda não está pronto, ora porque agora não é boa altura… Será
que ninguém percebe que eu só quero acabar isto regressar a casa? Importam-se
de me facilitar a vida? Valeu-me o banho de água bem quente, a cavaqueira no
fim de jantar e as palavras embrulhadas em carinho vindas de Portugal. Por
falar em Portugal, amanhã é feriado, mas não para mim…
30.11.11
29.11.11
Diário da Índia - Dia 11
Diferente
este dia, não nas cores, não nos cheiros, não na neblina que se faz sentir nem
buzinar dos camiões. Acordei animado, e o dia foi correndo normalmente,
aperta-se uns parafusos aqui, faz-se uns furos ali, faz-se uma ficha deste lado
conecta-se um cabo daquele, vê-se um bando de macacos a migrarem de um lado da
estrada para o outro, enfim, foi passando o dia. Ao jantar, o frango mal
passado fazia-me lembrar que este era um dia diferente. Diferente também por,
misteriosamente, deixar de acesso à internet. Logo hoje… Terá um macaco roído o
cabo? Talvez, talvez não. É então por telefone que se consegue falar para
Portugal, saber as novidades e matar algumas saudades. Percebo então que este
dia foi igual aos outros, pela primeira vez fiz anos fora de casa, sem
festejos, sem bolos, sem beijinhos e abraços. Foi o telemóvel que me fez saber
que alguém se lembrou de mim, não consigo agradecer a todos os que o fizeram e
sinto-me mal por isso, mas não tenho maneira de os contactar, não tenho
internet hoje, logo hoje. Vou deitar-me na dúvida de não saber afinal quando
devo achar que não faço anos, às 0h00 da Índia ou 5h30 depois? Não interessa, para
o ano faço anos outra vez…
28.11.11
Diário da Índia - Dia 10
De
regresso ao trabalho, não se podia esperar um pior regresso. Há dias em que não
entendo porque raio me parece que falta tudo para poder trabalhar. Odeio quando
as coisas empancam por todo o canto e esquina, começo a perder a calma e a
paciência, devolvida apenas ao final do dia, falando para quem ficou pela
Europa, lembrando coisas boas passadas, recolocando um sorriso na cara que me
enche o peito de ar, e não só, num suspiro enorme. Há dias assim, dias em que
nada corre bem, mas só temos de sorrir, esperar pelo próximo e lembrar que
falta menos um para regressar a Braga. É menos um dia neste tortuoso caminho
serpenteado com um túnel em que se esqueceram de colocar ventilação mas que tem
dois enormes portões na entra e na saída… Hoje apetece-me mesmo ir para casa,
ir para o abraço que me faz falta. Quase nem me lembrava que amanhã faço anos…
27.11.11
Diário da Índia - Dia 9
Nem
sempre é fácil levantar o animo, por isso, eu tento viver cada dia sem olhar ao
dia anterior, começar tudo de novo, agarrar-me ao que de melhor tenho e tentar
sorrir. Foi o que fiz hoje, apesar de tudo tentei esquecer as réstias de maus
sentimentos que moravam em mim. Tive folga, a falta de mão de obra na fábrica
obrigou-me a ficar por casa, e consegui umas longas horas de conversa com quem
ficou por Portugal e me ajudou a acalmar e a sorrir. Apesar do dia praticamente
passado dentro do quarto, senti-me como se tivesse dado meia volta ao mundo, me
tivesse enroscado num cobertor quentinho com alguém muito especial, tivesse
espalhado sorrisos por todo o lado e tivesse acabado o dia, aconchegado, a ver
um pôr do sol qualquer junto ao mar. Soube muito bem, fez-me muito bem. Deu
para descansar e animar, amanhã há mais… trabalho!
26.11.11
Diário da Índia - Dia 8
Eis
que chegou o dia que eu mais receava, o dia e que já nada é novidade, em que
tudo se torna monotonamente chato, em que o buzinar musical dos camiões já não
me faz sorrir, o dia em que todas estas curvas, subidas e descidas já não me
fazem sentir numa animada montanha-russa mas sim num infernal e enjoativo
caminho a percorrer e que parece cada vez ser maior. Sinto-me exausto, sem
força física e força de vontade para acabar o que comecei, contudo, sei que
tenho de o acabar… Fui abaixo, não há grande coisa que me ajude deste lado a
encarar melhor os sentimentos que se baralham. Na verdade nem sequer tenho
pensado muito no que tinha antes de cá chegar, ou no que vou encontrar quando
lá chegar. Tenho tentado manter dentro de um frasco toda a ansiedade e toda a
saudade. Já nem os macaquinhos que me cabem na palma da mão e que por aqui
brincam me fazem animar. Apenas os aprecio com o olhar distante. Custou-me a
passar este gélido dia, custou-me continuar a imaginar que não existe nada mais
do que o que consigo ver. Custou-me ver as injustiças e só não me custou a
adormecer…
25.11.11
Diário da Índia - Dia 7
Tenho
mais um objectivo praticamente acabado, o que fica pendente não depende só de
mim, começo a animar por ver o trabalho finalmente a ficar concluído aos
poucos. No caminho para casa, por entre uma infinidade de curvas vejo como se
lava cá a loiça (não a loiça onde eu como, outra fora do meu “habitat”), numa
bica de água deixa-se molhar a loiça a lavar, raspa-se alguma areia do chão com
a mão e esfrega-se… o resultado é… nem consigo dizer. É extrema a pobreza que por cá existe.
Confessou a pessoa que zela pela cozinha onde faço as minhas refeições que vê a
família dele cerca de 12 dias por ano. Tem mulher e uma filha… Finalmente
encontrei a camisola perdida na lavandaria, afinal não tinha sido perdida, só
não foi devolvida antes porque, como me explicou o responsável, o sol esteve
muito gelado nos últimos dias. Hoje bateram-me bem fortes as saudades do Braga.
Já na cama vi vídeos sem fim relacionados com o Braga, quase senti o cheiro e o
ambiente do estádio, quase me senti gritar ao som das músicas e quase deixei
cair uma lágrima, pena ninguém aqui me conseguir entender. Vou guardar só o
arrepio e deixar-me adormecer amanhã é um novo dia.
24.11.11
Diário da Índia - Dia 6
Este
foi o dia para curar doenças, do estômago principalmente. Não que a comida
tenha sido má (e que o doente seja eu), mas temos comido sempre a mesma massa e
o cansaço é cada vez maior, a pressão também não ajuda nada, nem os indianos…
Senti todo o corpo gelar hoje quando o frio me atravessava a roupa, foi difícil
trabalhar, e a força física foi aparecendo não sei bem de onde, as a mente
encontrou-a. Foi um dia de mais uma sapatada no trabalho que há a fazer e
prefiro não olhar o futuro e o que ainda tenho para fazer. Sinto-me nervoso por
dentro mas não o deixo transparecer, mantenho-me sereno e deixo o dia acabar.
Vejo a minha família, o meu sobrinho que insiste que eu estou na suíça e vejo a
minha namorada. Estou cansado e vou dormir…
23.11.11
Diário da Índia - Dia 5
Mais
um comprimido de Malarone e mais um dia pela frente. Muito pó de cimento
inalado, muito cansaço físico e psicológico e um desgaste que já custa a
recuperar. Mas nem tudo é mau, o sorriso do indiano a quem ofereci algumas
moedas de euro para a sua colecção, compensou em parte, uma outra parte foi
compensada com a surpresa ao almoço, PIZZA! Sem caril nem especiarias malucas,
simplesmente pão, com tomate e queijo crocante, que delicia, soube-me pela
vida. Ganhei ânimo para a tarde e ao jantar nova surpresa, FRANGO, duro como
borracha e pequeno como uma perdiz mas estava saboroso, e misturado com a massa
do costume fez-me sentir bem. Mais uma caneca de chá a ferver e vamos lá
experimentar a internet. Não tenho acesso ao facebook, mas tenho ao email e
tenho Superbraga, tenho ao blog para actualizando as aventuras e tenho ao
youtube para ouvir musica. Mais importante é mesmo fazer videochamadas para os
de casa de quem já sinto saudades. Por falar em saudades tenho de me lembrar de
não as voltar a mencionar em conversas, ontem fiz-te chorar…
22.11.11
Diário da Índia - Dia 4
Hoje
perdi oficialmente a noção dos dias, não sei se é segunda, terça, quarta ou
nenhum destes, estou perdido! Mas lembro-me sempre do que comi ontem e
anteontem e no dia anterior, isto porque foi sempre massa. Os indianos não são
todos iguais mas há alguns que nascem com uma espécie de cola, colam-se a nós e
oferecem-nos todas as mãos do mundo para ajudar, que no caso, sendo tantas só
servem para estorvar. É simplesmente impossível trabalhar com eles, é
impossível fazer seja o que for com alguém de queixo colado no ombro, que me
segura na chave de fendas quando eu estou a rodá-la, que me segura na mala ao
mesmo tempo que eu, que me faz sentir o seu bafo a caril de tão colado que esta
a mim, gritei em desespero “SE METESSES A MÂO NO CÚ PAH!”, ao que parece que
entendeu e retirou a mão, mas por breves momentos, uma questão de segundos… é
impossível fugir deles, e quando te escondeste, ele escondeu-se contigo… Além
disso começo a ficar chalado…
21.11.11
Diário da Índia - Dia 3
Depois
de forrado o estômago com um belo de um pequeno almoço, preparei-me
psicologicamente para um dia de trabalho longo e com obrigação de ter um
rendimento mais elevado devido ao inesperado atraso no início. Ora se bem o
imaginei, mais mal ele corria. Descobri que em toda uma cimenteira existe
apenas uma máquina de furar que eu posso utilizar, cuja, tem a servir de
extensão dois cabos presos com fita isoladora junto da ficha. Por azar o broca
que trazia agarrada era 2 mm mais pequena que o que eu necessitava, sendo assim vamos
lá arranjar outra… mas não há! Então compra-se. E lá foram comprar, voltam 2h30
depois com uma broca de furar ferro… troca-se… só se trabalha de tarde… Isto é
muito difícil estar no meio do nada! Como se não bastasse tenho dois moçoilos
de turbante na cabeça, que me faz uma impressão enorme, literalmente colados a
mim, estão sempre a menos de 50cm de mim, mal consigo respirar, e não consigo
perceber o que dizem porque enfiam “erres” em tudo o que é palavra, são piores
que os de Setúbal! Continuo a esperar por melhores dias. Ah! Hoje jantei bem.
20.11.11
Diário da Índia - Dia 2
Só
hoje com a luz do dia consigo perceber onde realmente estou. Rodeado de
montanhas muito próximas de mim, e numa montanha mais baixa que todas as
outras. As estradas que se serpenteiam pelas encostas fazem-me perceber o
porquê da demora para cá chegar. Da montanha onde eu vivo (leia-se durmo) consigo
ver a montanha onde a fábrica está plantada, e entre estas duas montanhas
existe uma outra montanha onde fizeram um túnel para melhor a atravessar. Ao
contrário do que parece estou em linha recta a pouco mais de 2 quilómetros! A
curiosidade deste túnel, é que mesmo escavando toneladas de pedra o túnel foi feito
cheio de curvas. Após a reunião onde se acertaram alguns pontos, fez-se a
visita ao (futuro) armazém para desembalar tudo e pegar no material necessário
para iniciar a obra. À hora de almoço recebemos informação que estão a passar
uns cabos para os nossos quartos que nos permitirão ter internet, a ver vamos
se é verdade, o cabo já cá está dentro pelo menos. Foi melhor esta notícia que
o almoço em si, estava demasiado picante a massa. A tarde começou com um
protesto dos camionistas que fecharam a entrada e a saída da fábrica com dois
camiões, o que atrasou tudo, “furado” este protesto a tarde arrastou‑se e
arrastou-se e eu senti-me cada vez mais fraco, fruto das saudades e das falhas
na alimentação. Por entre um idioma que
não percebo e um inglês muito mal expresso lá chegou a hora de jantar e de
comer uma massa melada mas já sem picante. Não é saborosa, mas a ideia de ser
algo que me dá energia faz-me ter vontade de a comer. A internet ainda cá não está, mas o sono já
cá morava, hora de dormir e sonhar com um dia bem melhor amanhã.
19.11.11
Diário da Índia - Dia 1
À chegada a Deli já não estranhei a
maioria das coisas, como o chão alcatifado, os militares armados, a má
disposição dos funcionários que controlam as entradas no país, o cheiro, a
chapada de ar quente e húmido, 20º perto das 2h da manhã... nada disto me soou
a novo. Depois de recuperada a bagagem enviada no Porto, procurei a porta que
pela manhã, bem cedo, me cederá passagem para o avião até Chandigarh. Encontrei
a porta e julgava ter encontrado numa espécie de “bancos-cama” o local ideal
para dormir cerca de 4 horas, mas estava errado, não consegui nem 10 min. A
televisão muito alta com o teclado bloqueado e a luz muito forte que mesmo de
olhos fechado me fazia confusão obrigaram-me a ficar acordado até de manhã,
cada vez mais cansado. Lembro-me de andar a arrastar os pés por sentir que
estavam cada vez mais pesados, e se calhar até estavam, o pé torcido voltou a
inchar, e de que maneira. Foi então sem dormir que fui ao encontro do avião
que, ao contrário do que eu esperava, não estava munido de dois poderosos
jactos mas sim de duas hélices a fazer lembrar um avião de combate da 2ª grande
guerra. Entrei e pude constatar que por dentro o avião não tinha melhor aspecto
do que por fora. Avisaram depois todos os passageiros que a descolagem foi
adiada por existir muito nevoeiro no aeroporto de Chandigarh. Novo aviso e novo
adiamento… só à quarta o avião se fez à pista, do outro lado do aeroporto por
sinal e já eu tinha descansado os olhos um bom par de minutos. Da viagem em si
só me lembro do quase fim e do fim, o que separa isto do inicio foi passado de
olhos fechados. O quase fim resume-se a uma tentativa falhada de aterrar o
avião, segundo o comandante não havia radar e o denso nevoeiro não o deixou
identificar a pista, pelo que se aceleraram os motores e se foi dar a volta ao
avião. Depois de aterrar e de um duche rápido num hotel próximo, tapei o buraco
com parte de uma pizza e fiz-me ao caminho até aos Himalaias. Não imaginava eu
que estava tão longe. Já da outra vez me fascinou a perícia com que se conduz por
aqui, sem grandes regras, mas hoje tive a prova cabal de que é preciso muito
sangue frio. Foram quilómetros a fio percorrido entre curvas e contra-curvas,
sempre com ultrapassagens do outro mundo e que não lembra a ninguém. O que é
certo é que cheguei à fábrica de Baga inteiro, numa só peça, e já é hora do
jantar. Se calhar já me tinha esquecido de como era a comida por cá, mas ao
entrar no refeitório, o cheiro intenso a caril e pimenta que me entrou pelo
nariz dentro, rapidamente me fez lembrar todos os sacrifícios. Hoje foi massa,
mais picante que o normal, amanhã logo se verá. Tudo a postos para começar o
trabalho. São 16:24 em Braga, 22:04 em Solan, Índia, e eu vou tentar repor as
energias gastas na viagem, vou dormir.
18.11.11
Diário da Índia - Dia 0
É novamente bem cedo que me faço à
aventura. Afinal a caminhada não será assim tão diferente da última, apenas
alguns pormenores mudam. Ia o sol a meio do seu sono quando me despedi dos que
cá ficaram, levando comigo o nó no peito de recordação, ainda assim, obrigo a
que em mim reine a boa disposição, numa tentativa de tornar tudo menos
doloroso. Não sei se por mero acaso, por infelicidade ou por “vontades” de
alguém que desconheço, as coisas não começam da melhor forma e a meio da fila
para a revista da passagem à zona de embarque oiço o meu nome ser chamado nos
altifalantes do aeroporto, estava atrasado e estavam já a fazer a última
chamada… Ultrapassou-se esse pequeno problema e lá entrei no avião, com lugar
reservado na última fila, junto do corredor. Lembro-me bem do avião ter
levantado, mas a certa altura o peso nos olhos era tanto que fui obrigado a
cerrar as pálpebras, ainda que não seja considerado dormir. Dormir dentro de um
avião é tarefa impossível, uma vez que, para mim, dormir implica descansar.
Chegado ao gelado povo alemão, procurei a
porta de embarque, ainda fechada, que me levará a Deli, procuro depois um local
para almoçar, desta feita o McDonalds para
que me lembre de quando foi o última vez que a carne fez parte da minha ementa.
Regressado à porta de embarque, reparo que me acabaram de marcar um lugar em
executiva com o nome de Jacob Xavier… Alguém quer que fique por aqui e que não
embarque rumo à Ásia. Apesar da senhora do balcão da companhia aérea Lufthansa
não ter ficado muito convencida de que o meu nome não era Jacob, lá me deu o
bilhete certo, sentado entre um indiano com cerca de 30 anos e uma indiana bem
mais velha, com cerca de 60, no corredor do meio do avião. Desta viagem
lembro-me apenas de alguns tópicos, lembro-me de passar grande parte do tempo
de olhos fechados, lembro-me da primeira refeição, frango com batata, lembro-me
da dor de costas terrível e lembro-me do desespero que começo a sentir por não
poder descansar e dormir em condições, custou imenso fazer a viagem, mas lá se
fez e cá cheguei… Olá Deli!
17.11.11
Não deixes cair mais
Escorre, salgada, fria, agreste…
Como a despedida
E o último beijo que me deste.
Mas não apaga a dor sentida
Nem tira o aperto do peito.
Continua a escorrer no seu leito
Cara abaixo, a lágrima triste
Caindo na mão que ternamente abriste
Para guardar um sopro de mim
Junto ao teu coração doce
Onde por agora só guardas esse frenesim
E desejas que o dia de regresso já fosse.
Mas ainda não o é…
E ainda nem sequer fui, mas…
Quando voltar vou estar ainda mais próximo de ti
Para te contar as histórias que vivi
Passar um bom bocado contigo,
Que eu cumpro sempre aquilo que digo,
Até deixo-te uma lembrança,
Um abraço enorme e um beijo sentido,
Vou, mas volto na esperança
De saber curar esse coração ferido…
E o último beijo que me deste.
Mas não apaga a dor sentida
Nem tira o aperto do peito.
Continua a escorrer no seu leito
Cara abaixo, a lágrima triste
Caindo na mão que ternamente abriste
Para guardar um sopro de mim
Junto ao teu coração doce
Onde por agora só guardas esse frenesim
E desejas que o dia de regresso já fosse.
Mas ainda não o é…
E ainda nem sequer fui, mas…
Quando voltar vou estar ainda mais próximo de ti
Para te contar as histórias que vivi
Passar um bom bocado contigo,
Que eu cumpro sempre aquilo que digo,
Até deixo-te uma lembrança,
Um abraço enorme e um beijo sentido,
Vou, mas volto na esperança
De saber curar esse coração ferido…
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