Tenho
mais um objectivo praticamente acabado, o que fica pendente não depende só de
mim, começo a animar por ver o trabalho finalmente a ficar concluído aos
poucos. No caminho para casa, por entre uma infinidade de curvas vejo como se
lava cá a loiça (não a loiça onde eu como, outra fora do meu “habitat”), numa
bica de água deixa-se molhar a loiça a lavar, raspa-se alguma areia do chão com
a mão e esfrega-se… o resultado é… nem consigo dizer. É extrema a pobreza que por cá existe.
Confessou a pessoa que zela pela cozinha onde faço as minhas refeições que vê a
família dele cerca de 12 dias por ano. Tem mulher e uma filha… Finalmente
encontrei a camisola perdida na lavandaria, afinal não tinha sido perdida, só
não foi devolvida antes porque, como me explicou o responsável, o sol esteve
muito gelado nos últimos dias. Hoje bateram-me bem fortes as saudades do Braga.
Já na cama vi vídeos sem fim relacionados com o Braga, quase senti o cheiro e o
ambiente do estádio, quase me senti gritar ao som das músicas e quase deixei
cair uma lágrima, pena ninguém aqui me conseguir entender. Vou guardar só o
arrepio e deixar-me adormecer amanhã é um novo dia.
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