22.11.11

Diário da Índia - Dia 4


Hoje perdi oficialmente a noção dos dias, não sei se é segunda, terça, quarta ou nenhum destes, estou perdido! Mas lembro-me sempre do que comi ontem e anteontem e no dia anterior, isto porque foi sempre massa. Os indianos não são todos iguais mas há alguns que nascem com uma espécie de cola, colam-se a nós e oferecem-nos todas as mãos do mundo para ajudar, que no caso, sendo tantas só servem para estorvar. É simplesmente impossível trabalhar com eles, é impossível fazer seja o que for com alguém de queixo colado no ombro, que me segura na chave de fendas quando eu estou a rodá-la, que me segura na mala ao mesmo tempo que eu, que me faz sentir o seu bafo a caril de tão colado que esta a mim, gritei em desespero “SE METESSES A MÂO NO CÚ PAH!”, ao que parece que entendeu e retirou a mão, mas por breves momentos, uma questão de segundos… é impossível fugir deles, e quando te escondeste, ele escondeu-se contigo… Além disso começo a ficar chalado…

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