Só
hoje com a luz do dia consigo perceber onde realmente estou. Rodeado de
montanhas muito próximas de mim, e numa montanha mais baixa que todas as
outras. As estradas que se serpenteiam pelas encostas fazem-me perceber o
porquê da demora para cá chegar. Da montanha onde eu vivo (leia-se durmo) consigo
ver a montanha onde a fábrica está plantada, e entre estas duas montanhas
existe uma outra montanha onde fizeram um túnel para melhor a atravessar. Ao
contrário do que parece estou em linha recta a pouco mais de 2 quilómetros! A
curiosidade deste túnel, é que mesmo escavando toneladas de pedra o túnel foi feito
cheio de curvas. Após a reunião onde se acertaram alguns pontos, fez-se a
visita ao (futuro) armazém para desembalar tudo e pegar no material necessário
para iniciar a obra. À hora de almoço recebemos informação que estão a passar
uns cabos para os nossos quartos que nos permitirão ter internet, a ver vamos
se é verdade, o cabo já cá está dentro pelo menos. Foi melhor esta notícia que
o almoço em si, estava demasiado picante a massa. A tarde começou com um
protesto dos camionistas que fecharam a entrada e a saída da fábrica com dois
camiões, o que atrasou tudo, “furado” este protesto a tarde arrastou‑se e
arrastou-se e eu senti-me cada vez mais fraco, fruto das saudades e das falhas
na alimentação. Por entre um idioma que
não percebo e um inglês muito mal expresso lá chegou a hora de jantar e de
comer uma massa melada mas já sem picante. Não é saborosa, mas a ideia de ser
algo que me dá energia faz-me ter vontade de a comer. A internet ainda cá não está, mas o sono já
cá morava, hora de dormir e sonhar com um dia bem melhor amanhã.
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