Mais
um dia destinado a viagem. Desta vez a viagem cumpria o trajecto Delhi – Rewa,
passando por Kajuraho. A primeira parte feita em avião correu como esperado, no
avião ao estilo camioneta de carreira com paragem em Varanasi. De volta aos
ares e de volta a Kajuraho 2 anos depois. Quase tudo igual, o calor, o ar
abafado, o aeroporto parecido com uma estação de camionagem, as escadas movidas
pela força humana, o carrinho que transportam as malas entre o avião e a
passadeira de recolha pelos passageiros movido a força de pernas de 10
indianos, quase tudo igual ao que encontrei há 2 anos atrás, a única diferença
foi ouvir no meio de cerca de 100 pessoas “Eles estão a empurrar o carrinho à
mão!” Foi muito estranho ouvir uma voz portuguesa que não a de nós os 4. Sim
estavam mais dois portugueses no aeroporto de Kajuraho e se por um lado parecia
um milagre, por outro só confirma a teoria de que existe um português seja onde
for. Foi um episódio engraçado, para relembrar, tal como o episódio do livro no
aeroporto de Milão, ainda não o contei, esqueci-me, mas conto depois mais para
a frente. Faltavam-nos ainda cerca de 3 horas até ao destino final, por montes
e vales e locais onde a placa “Fim do mundo” assenta que nem uma luva, e foi por
aí que pela primeira vez vi elefantes, 3 enormes elefantes com suas trombas
usadas para derrubar árvores, e se não era essa a sua tarefa era o que lhes
tinha apetecido fazer, e não era eu que lá ia pedir para eles pararem. Ontem
falava no meu receio de as coisas piorarem, pois é que pioraram mesmo, a casa
de hóspedes de Rewa não tem lugar para nos hospedar e ficaremos nos próximos
dias na fábrica de Bela, não muito longe, mas que provocará um certo transtorno
em transportes de um lado para outro. Vamos a ver como correm as coisas daqui
em diante, amanhã é o primeiro dia mais duro, mas continua a ser o mais
esperado. Sim, porque enquanto aqui estou anseio sempre pelo dia de amanhã,
para que chegue mais rápido o dia de abraçar quem amo…
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