Véspera
do festival das luzes, para mim um dia normal, para a maioria dos indianos um
dia especial, só trabalham meio-dia, a partir das 13 horas ninguém trabalha por
cá, quanto a mim, sou o branco cá do sítio, trabalho até às 18h30 e já saio
mais cedo. A fábrica ficou deserta de pessoas e povoada de luzes e velas por
todo o lado. Não há pó de cimento, não há camiões que buzinam e se desfazem a
cada lomba, não há camionistas a cuspirem tabaco mascado. Existe apenas paz e
sossego. Cai a noite e a “guest house Ajit Bhawan” onde pernoito, almoço e
janto, transforma o seu hall, escadaria e entrada num autêntico caminho de
velas, onde apenas o cheiro se torna demasiado. Faz-me sentir calmo, começo a
gostar do Diwali. A única parte que retirava a esta festa é o liberalismo em
relação à pirotecnia, nesta noite toda a gente lança foguetes sem rei nem
roque, para onde estão virados, não se importando com os outros nem se
importando com eles próprios. Das duas uma, ou nestes dias há montes de feridos
e com gravidade, ou são todos inocentes, porque a sorte protege os inocentes.
Tive medo, tive muito medo… regressei por isso a casa, amanhã para eles é
feriado, mas para mim não, eu estou de volta à luta! Feliz Diwali a todos!
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